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É tão longe voltar atrás

É tão longe voltar atrás

Perguntas Sem Respostas

por Aline Gomes, em 16.02.15

«‘‘Aproveita hoje, aproveita enquanto tens as pessoas que amas ao teu lado, amanhã podes não ter’’» Queixava-me imenso de quando me diziam esta clássica frase, o que poderia acontecer para não ter aquilo que sempre tive?

Pensava que iam estar sempre do meu lado, passasse o tempo que passasse mas não é assim, todos nós temos caminhos diferentes, escolhas distintas, e um dia vamos estar longe, vamos começar do zero vamos descobrir mundos diferentes e não quer dizer que os nossos laços de sangue nos sigam a vida inteira, e que nos defendam do mal, nos corrijam do errado, vai chegar uma hora ou melhor chegar um dia que vais ser tu a faze-lo por ti, já não vais ter aquele porto de abrigo seguro que te vai fazer sentir protegida, vais errar por ti, vais ter que te defender por ti, vais ser tu a fazer por ti e um dia mais tarde vais faze-lo por outra pessoa, essa pessoa vai aprender contigo a fazer por ela um dia mais tarde.

Vamos ter sempre que partir? Vamos ter sempre que ser melhores?

Sinto que se não fizermos tudo o que podermos o mundo acaba por nos ‘comer’, acabamos por ficar esquecidos, estamos todos em caminhos diferentes mas a procura do mesmo. Será que todos vamos encontrar o que procuramos?

Às vezes pergunto-me se estarei no caminho certo, se estou realmente certa dos meus objetivos e daquilo que quero fazer até o meu último dia chegar, eu acho que sim, acho que todos os dias luto para chegar lá, para conseguir, mas tenho medo.

Se este não for o caminho certo qual será então?  

De Corpo e Alma

por Aline Gomes, em 24.11.14

Já pensaste naquela frase "estou contigo de corpo e alma"? Quantas vezes questionaste a tua alma? Quantas vezes tiveste dúvida se era apenas com o copo? A vontade?
Conheço-te. Sei que beijas sem amor, sem vontade, que estiveste com aquele homem só com o corpo porque a alma nunca lá esteve. Gostavas da companhia, mas não era essa companhia que querias. Não era aqueles lábios, nem aquele corpo que querias tocar. Não era com aquele homem que querias falar quando alguma coisa corria mal.
Ninguém te fez tão bem e tão mal como eu. Admite. Não admitas, eu não preciso. Eu sei que não nos podemos encontrar pelas ruas da cidade e quando nos encontramos somos apenas desconhecidos, passamos de cabeça baixa sem nunca manter contacto visual. Foi a nossa promessa. Eu tenho medo de olhar de novo para ti.
Esperei e continuo a esperar por ti, pelo teu corpo e pela tua alma, pelo teu amor. Tu irritas-me. Tu enjoas-me. Tu fazes cair do céu para o inferno numa questão de segundos. Tu fazes com que te ame, fazes com que te odeie. Durante todos estes anos procurei uma explicação ou uma razão, falhei, nós falhamos.
Agora vou deitar-me com aquela mulher que de mim só tem o corpo, espero que um dia voltes a trazer a minha alma, pois desde do dia que partiste que não sei dela.

De Corpo e Alma

por Aline Gomes, em 23.11.14

Desde do dia que partiste? Quem sou para falar da tua partida? Não sou ninguém, nem o devia fazer mas eu não consigo, desde do dia que partiste fiquei bloqueado, bloqueado nesse dia, nessa hora, nesse ano. Continuo bloqueado a tua espera, continuo a viver sem alma, continuo a espera que entres por aquela porta.
Lembro-me como me apaixonei por ti, foste tão fria na nossa primeira conversa, toda essa frieza com uma mistura de carinho fez-me ficar viciado em ti, na tua história e na tua presença. Sem hesitar disse que te amava e nunca vou esquecer a tua resposta: "Os homens não amam, eles pensam que amam e que sabem o que isso é mas não sabem. Não me refiro ao sexo masculino, refiro-me a humanidade. Quem ama vai até ao fim, percorre e espera por um único amor, por uma única pessoa. Quantas vezes já viste isso acontecer? Não me contes a história dos teus avós!". Por muito estranho que pareça lembro-me do teu sorriso rasgado no fim dessa frase, conseguiste causar um sentimento de dúvida enorme dentro de mim. Ainda trago comigo essa duvida. Eu amei-te, aliás eu ainda te amo, como no primeiro dia, como na primeira conversa, os anos passam e todo este sentimento de amor e ódio permanece. Procurei nas mulheres com quem estive um pouco de ti, um pouco das tuas qualidades, um pouco dos defeitos que eu tanto odiava e a verdade é que até hoje não encontrei nada de ti em outras mulheres, nada, nem parecido, isso deixa-me perturbado. Desde que partiste a minha vida resumiu-se, ou melhor, resume-se a memórias e lembranças, as ruas onde passo fazem-me lembrar de ti, os restaurantes, os cinemas, lembro-me mesmo quando não quero, estás em todo o lado mas não estás em lado nenhum. Considero-me louco.
A culpa é minha. Eu fiz com que partisses. Tentei dar o carinho, o tempo, a atenção a uma mulher, uma mulher que fazia com que saísse da carência e da rotina dos meus dias, mas ao mesmo tempo deixava-me mais perdido, talvez o meu objectivo tenha sido dar-lhe aquilo que nunca te consegui dar, fazer o certo com a mulher errada. Desisti.
Hoje guardei todos os objectos e acessórios que deixaste na minha casa, guardei tudo dentro de uma caixa de cartão, a caixa está em baixo da minha cama.
Eu sei que um dia vais bater-me a porta para buscar as tuas coisas e eu vou mostrar-te que esperei por um único amor, por uma única pessoa.

Dá-me Silêncio Para Sempre

por Aline Gomes, em 14.11.14

Lembro-me de tudo como se fosse hoje, nada me falha, do primeiro toque, do primeiro beijo, da primeira noite, da primeira manhã da primeira vez que trocamos palavras carinhosas, sinto falta. Confundo passado, presente e futuro no mesmo momento. Como é possível não me esquecer de nenhum pormenor? Logo para mim que sempre tive problemas de memória, provavelmente só tenho para o que me convém, mas agora convinha-me imenso esquecer tudo, não consigo. Já tentei, aliás continuo a tentar. O tempo desgastou o teu amor, infelizmente não desgastou o meu.
Comecei a aceitar isto como uma doença, uma doença que estou a sentir pela primeira vez, o nó na garganta, um vazio interior, um sentimento de solidão quando tenho mil pessoas a minha volta. Posso culpar-te por ter isto, por sentir isto? Posso. Mostraste-me como é possível gostar de uma pessoa como podemos sofrer por gostar de outra pessoa, mudaste-me. Desculpa-me pelos momentos de frieza, pelas vezes que faltei quando precisas, eu também te desculpo por todas as mágoas e por todos os altos e baixos, ninguém terá um amor tão bom e tão mau como nós tivemos, muitas vezes comparei a nossa relação a uma montanha russa. Guardei tudo o que me fazia lembrar-me de ti, de mim, de nós. Eu tentei. Juro que tentei. 

- Nós agora não conseguimos.

- desculpa então, assim para mim não dá.

Amas-me e não consegues. Tu não consegues. Eu conseguia. Os homens e aquela falta de coragem de dizer: "eu não quero, não posso, eu não preciso" eles têm sempre aquela necessidade de falar por nós porque simplesmente lhes falta a coragem para dizerem o que realmente querem. Faltou-te ser homem para dizer "eu não consigo mais, não quero mais". Deixo-te ir. Quando alguém diz que quer ir, já foi. Dou-te o meu silêncio com a minha certeza.

Saudade

por Aline Gomes, em 13.06.14

É uma mistura de sensações, de sentimentos, de medos, é aquela vontade de dizer tudo mas permanecer calado, em silencio juntamente com a sensação incomodativa da garganta seca e ao mesmo tempo aquela ansiedade que dá uma ‘voltinha’ na barriga, quando mil pensamentos surgem, como um filme e tu só queres parar. O que posso chamar a isso? E se simplesmente não pensasse? E se estivesse em silencio comigo mesma? Podia ignorar tudo aquilo que me permite sentir, talvez um pouco de desapego fizesse bem, ou também fizesse mal... 

Então ficaremos por aqui, com mais um silêncio e com mais mil perguntas sem resposta

Um pouco de mim com muito de ti.

por Aline Gomes, em 14.02.13

 

 

 

 

 

Todas nós mulheres sabemos ou já dissemos aquele velho 'ditado' que se calhar até as nossas avós já disseram: ''Os homens são todos iguais'', decidi escrever isto de forma a mostrar que não são, que um dia tive a sorte de encontrar um homem diferente de todos os outros.

 

Tudo começou de uma forma simples, na verdade totalmente na brincadeira, éramos amigos desde que me lembro, desde que ele usava as calças por baixo dos joelhos e eu tinha a moda das calças à boca de sino, sempre que me lembro esboço um sorriso, talvez por achar piada ou simplesmente pela nostalgia. Certo dia começou a surgir uma certa ligação, algo que na altura era estranho para mim, até pensei que fosse doença, porque havia de ficar com a barriga as voltas na presença de alguém? Porque haveria inventar qualquer tipo de pretexto para estar ao lado de alguém?, aceitei os factos, houve logo uma aproximação muito maior, daí tudo começou.
Passávamos horas e horas juntos, quando não estávamos juntos estaríamos a falar por mensagens ou por chamadas, não havia mais ninguém no mundo que me compreendesse tão bem como ele, até conseguia aturar as minhas dpm's. Era o rapaz que fazia a noite virar dia, que fazia a manhã virar tarde e fazia também com que os quilómetros não sanguificassem nada, simplesmente estava onde quer que fosse e fazia o que fosse preciso para estar do meu lado, sempre.
Na altura era a rapariga mais desatenta, mais desligada, mais fria, nunca consegui dar o que recebia, por vezes preferia estar com as minhas amigas e sair a noite em vez de deixar um pouco esse 'mundo' para estar com ele, mesmo com todas essas atitudes da minha parte ele nunca foi contra ao que queria fazer, pelo contrario, apoiava-me e ainda me ajudava em coisas que mais nenhum rapaz soube fazer. Ele ralhava como se fosse o meu pai quando errava, acarinhava-me logo a seguir para não me sentir a pior pessoa do mundo, fazia-me sentir a única rapariga perante os seus olhos, mesmo tento mil e umas raparigas a olhar para ele ou interessadas nele, sinceramente acho que ele nem se apercebia disso e só olhava para mim, só me queria a mim. Lembro-me todos os dias do olhar dele para mim. Nunca consegui apoia-lo da mesma maneira que me apoiava, nunca fui capaz de o fazer o sentir-se o único para mim, mas ele era o único e ainda é. Quando tudo acabou, quando já não havia qualquer volta a dar, aí sim eu dei valor, aí sim apercebi-me que tinha tudo o que queria mas na altura não vi isso, e perdi. Desisti. Sei que apesar de todas as vezes que tropecei, apesar de já ter passado anos e anos vais continuar a ser o que foste, como eu vou continuar a ser para ti o que sempre fui.
Fui uma sortuda, continuo a ser, só pelo facto dele ter passado na minha vida, por me ter ensinado que nem todos são iguais.
Escolhas erradas, caminhos errados mas nunca te esqueças da ultima promessa: Se não resultou contigo, não vai resultar com mais ninguém.

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